20 de dezembro de 1972

“Longamente esperada chega Tereza Batista na Bahia"

1972-12-20
Não assinado, “Longamente esperada chega Tereza Batista na Bahia", A Tarde, 20 dez. 1972.

Jornalista: “O novo romance de Jorge Amado será lançado (...) na Livraria Civilização Brasileira, (...) numa tiragem inicial de cem mil exemplares pela Editora Martins".

Jornalista: “Com sessenta anos de idade, Jorge Amado já vendeu dois milhões e meio de livros, em edições e reedições sucessivas, só no Brasil. Além disso seus romances são traduzidos em cerca de 35 idiomas diferentes”.

Jorge Amado: “Como sempre, com muita disciplina. Antes de começar a escrever, fico sempre protelando, mas, quando começo, trabalho direto. No início, trabalho apenas cinco horas por dia, e, com o desenvolver, vou aumentando o tempo de trabalho. Acordo às cinco horas, começo a escrever e, a cada dia mais, vou almoçando mais tarde”.

Jornalista: "Disse [Jorge Amado] que a literatura do Brasil só será grande, quando for uma literatura profissional".

JA: "O que se vê, por enquanto, é que vários escritores lançam um ou dois livros e largam a literatura para fazer outras coisas, a fim de sobreviverem. Só é escritor verdadeiro o bom profissional”.

Jornalista: “A respeito dos novos valores literários da Bahia, ele disse que existem bons escritores, como por exemplo João Ubaldo Ribeiro, que ele considera excelente”.

24 de setembro de 1972

"Os velhos baianos"

1972-09-24
BURNETT, Lago. "Os velhos baianos". Diário de Notícias, 24 set. 1972, p. 8.

JUR: "'O que é realmente importante' – me diz Jorge Amado – 'é o fato de que toda a criação cultural da Bahia repousa na criação popular. O importante na Bahia é o povo. Foi esse povo mestiço que construiu tudo que temos de grandeza e civilização'".

LB: “É por isso que, além dos valores excepcionais destacados pelo próprio Jorge Amado — Glauber Rocha no cinema, João Ubaldo na literatura, Caetano e Gil na música e na poesia e Emanuel Araújo na gravura, para não falar em João Gilberto e sua revolução musical (...) —, as praças do Rio e São Paulo estão sempre sendo invadidas por novos baianos”.