20 de dezembro de 2017

"Força de Escrita"

Jornada "Ensinar o Brasil a toda a gente - Homenagem a Vania Pinheiro Chaves".

Local: FLUL - Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Inst. promotora/financiadora: CLEPUL; FLUL - Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; FCT - Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

2 de setembro de 2017

Programa “Todas as Palavras”


BATELLA, Juva. 2017. Entrevista Inês Fonseca Santos, Programa “Todas as Palavras” (RTP Play), 2 set.

→ Sobre o meu livro A língua de fora, edição portuguesa.

9 de julho de 2017

A língua de fora (capa)

Batella, Juva. A língua de fora, Lisboa, Penguin Random House (selo "Nuvem de Tinta"), 2017, v. 1, 355p. (Revisão e adaptação do português do Brasil: Manel Monteiro)

Lançamento: 28 de Junho de 2017, Lisboa.


28 de junho de 2017

Lançamento de A língua de Fora (Lisboa)

Lançamento do romance A língua de fora, ed. Penguin Random House (selo "Nuvem de Tinta"), dia 28 de Junho, no Menina e Moça Bar Livraria, Rua Nova do Carvalho, 40, Pink Street, Lisboa, 18h30m.

Apresentação de Eurídice Gomes e Manel Monteiro.

Lançamento do livro A língua de fora


BATELLA, Juva. 2017. Lançamento do livro A língua de fora. Lisboa: Penguin Random House, Livraria e Bar "Menina e Moça", Pink Street, Lisboa, 28 jun.

→ Apresentação do livro: Manuel Monteiro e Eurídice Gomes.

21 de junho de 2017

9 de maio de 2017

O sutil nariz da vaca

Orelha para a edição de Vaca de nariz sutil, pela ed. Autêntica.


sutil nariz da vaca

A literatura de Campos de Carvalho jorrou, colorida e intensa, de 1941 a 1964. Depois, como se o autor, com um golpe de mão, tivesse simplesmente fechado uma torneira, parou. E tudo à volta cessou, e daquela fonte não saiu mais nada, e daquela estranha água nenhum dos poucos leitores que àquela altura já se tinham viciado conseguiu um só gole. Campos de Carvalho parou de escrever, em seguida parou de falar, e bem depois, em 1998, morreu. Há pouco menos de vinte anos é que as histórias de literatura, antologias, monografias, dissertações, teses e editoras deram pela sua falta.

Vaca de nariz sutil (1961) é o seu segundo romance, depois de A lua vem da Ásia (1956). “Escrevi-o aos prantos”, disse Campos de Carvalho numa entrevista. Se quisermos incluir os dois livros que o autor não quis que figurassem na sua obra reunida, Banda forra e Tribo, será então o quarto - uma chuva imóvel e um púcaro búlgaro completam o quadro. E aqui termina a obra completa de um tão insólito quanto excelente escritor.

O insólito e excelente Vaca de nariz sutil e os demais títulos que formam a sua literatura encontram-se escondidos nas histórias, só ganhando sentido ao longo da leitura. O narrador deste romance sombrio e existencialista, um ex-combatente de guerra que não diz (ou esqueceu) o seu nome, começou a observar as vacas quando estava em meio aos campos por onde se arrastavam os exércitos. Assistir-lhes ao pasto calmo, o olhar baixo e sábio, foi uma experiência que o marcou e que teve a sua culminância diante de um quadro do pintor francês Jean Dubuffet, intitulado justamente La vache au nez subtil: “... assim se chamava o quadro, e em vão tenho eu procurado uma vaca assim entre as vacas e sobretudo entre os homens”.

Mas a vida entre os homens não tem mais qualquer sentido para o nosso ex-combatente. Chegado da guerra mais morto do que vivo, este “cadáver adiado”, na expressão de Fernando Pessoa, refugia-se numa pensão e, arrastando-se de madrugada pelos corredores, passa a viver a vida dos outros, espiando pelo buraco das fechaduras os segredos e as canalhices alheias. A sua solidão, imensa solidão, envolve-o como um nevoeiro. Sob o mesmo nevoeiro o leitor poderá escutar os ecos de um outro livro, cujo narrador, o soldado Ferdinand, de Viagem ao fim da noite, de Céline, também é, à sua maneira, zombeteiro, antipatriótico e anarquista.

No entanto, ao contrário de Céline, por cuja biografia pairou a sombra do anti-semitismo, Campos de Carvalho zombou de tudo o que lhe pareceu estúpido e cruel, fazendo da vida de cada um de seus narradores, em cada um de seus livros, um poema onde se pode ler, sem atenuantes, o absurdo.

Texto final da orelha:

Vaca de nariz sutil ficará em nossa lembrança como um romance inteiramente dedicado a combater o absurdo da guerra através do exercício obstinado da memória – a única companheira possível numa viagem cujo fim é a noite.

4ª capa

“Onde o senhor dorme? No Hotel Terminus. Mas aqui não há nenhum Hotel Terminus. É o que o senhor pensa.

Passava das onze, chovia; imperceptivelmente fomos caminhando até o portão do cemitério. Aqui fico — disse-me, estendendo a mão fria: Boa noite! Não sou supersticioso mas confesso que foi, como direi? um tanto ou quanto, como direi... Tinha a sensação de que ainda trazia presa à minha aquela mão, quando liguei o comutador e entrei no quarto. Tolice! — eu repetia com o cigarro no canto da boca, também ele frio e apagado. Tanta filosofia, para isto!”


19 de março de 2017

18 de março de 2017

"Biografia 'des-soleniza' o escritor João Ubaldo e o próprio gênero"

Noemi Jafe, "Biografia 'des-soleniza' o escritor João Ubaldo e o próprio gênero", Caderno Ilustrada, Folha de S.Paulo, São Paulo, 18 de março de 2017, p. C7.

17 de fevereiro de 2017

Programa "Metrópolis"


BATELLA, Juva. 2017. "Programa Metrópolis". TV Cultura, São Paulo, 17 fev.


→ Sobre o meu livro Ubaldo — Ficção, confissão, disfarce e retrato.

21 de janeiro de 2017

7 de janeiro de 2017

"Ubaldo, o personagem"

Leonardo Cazes, "Ubaldo, o personagem", Prosa, Segundo Caderno, O GloboRio de Janeiro, 7 de janeiro de 2017.