1 de dezembro de 1989

“O que é que o baiano tem?"

1989-12
PESSOA, Isa, “O que é que o baiano tem? — O autor de O sorriso do lagarto fala sobre política, vida literária e declara que vai trocar Itaparica por Berlim”, Leia, dez. 1989, p. 3-7.

JUR: “Acho que existe uma literatura brasileira, sim, embora ache que tem muito débil mental francês, ou inglês, ou alemão, que ainda procura em nós aquele elemento exotique”.

“O que é que o baiano tem?"

1989-12
PESSOA, Isa, “O que é que o baiano tem? — O autor de O sorriso do lagarto fala sobre política, vida literária e declara que vai trocar Itaparica por Berlim”, Leia, dez. 1989, p. 3-7.

JUR: “Ele foi uma figura primordial na minha vida. (...) uma pessoa facílima, um homem doce”.

25 de novembro de 1989

“O lagarto ri, e o mundo já não é o mesmo"

1989-11-25
RIBEIRO, Leo Gilson, “O lagarto ri, e o mundo já não é o mesmo”, Jornal da Tarde, 25 nov. 1989.

LGR: “Sem colocar o leitor, de forma alguma, na camisa de força do raciocínio fanático, (...) João Ubaldo Ribeiro demonstra (...) até que ponto o Brasil (...) não pode se furtar à sua época nem à internacionalização dos acontecimentos da espaçonave única, a Terra. É nela que as ações e omissões de qualquer de nossos Primeiro, Segundo e Terceiro Mundos estão, indissoluvelmente, ligadas...”.

16 de novembro de 1989

“Ciências versus religião na Bahia de João Ubaldo”

1989-11-16
MARETTI, Eduardo, “Ciências versus religião na Bahia de João Ubaldo”, Caderno 2, Leitura, O Estado de S. Paulo, São Paulo, 16 nov. 1989, p. 4.

EM: “A literatura fortemente enraizada na cultura de uma nação é (...) aquela que as gerações contemplam, independentemente da ‘atualidade’ de seu conteúdo e/ou de sua forma, como se contemplassem a si mesmas, seus fantasmas, mitos, arquétipos. Sua cultura. (...)".

EM: “Entre os escritores que podem ser considerados importantes na cultura particular da nação baiana, Jorge Amado e João Ubaldo Ribeiro se inserem como fundamentais”.

15 de novembro de 1989

“O paraíso perdido"

1989-11-15
LEITE NETO, Alcino, “O paraíso perdido — João Ubaldo Ribeiro põe em xeque a espécie humana”, Livros, IstoÉ Senhor, 15 nov. 1989, p. 126-127.

JUR: “A teoria cadaveriza as coisas”.

12 de janeiro de 1989

“João Ubaldo indaga sobre a alma humana"

1989-01-12
CARVALHO, José Reinaldo, “João Ubaldo indaga sobre a alma humana — No dia 21 de dezembro, primeiro do verão, o escritor João Ubaldo Ribeiro recebeu a reportagem da Classe na ilha de Itaparica (Bahia), ‘a terra mais brasileira que existe’, como diz um de seus personagens. Mais do que uma entrevista, o encontro com o criador de Sargento Getúlio e Viva o povo brasileiro foi um papo ameno, num banco da praça da Quitanda, num intervalo entre a cotidiana pescaria e o diurno trabalho para terminar o seu novo livro, O sorriso do lagarto, prometido para este ano”, A Classe Operária, 12 a 25 jan. 1989.

JRC: “Você acha que em Viva o povo brasileiro descobriu a alma do povo brasileiro? Foi isso que você perseguiu?"

JUR: “... eu tive o cuidado de evitar isso. Eu não me oponho a que se diga isso, nem acho ofensivo dizer que eu descobri a alma do povo brasileiro, mas não foi essa a minha intenção. (...) eu imagino que o leitor possa sentir isso, depois de ter lido o livro achar que compreendeu o povo, sua alma no sentido de entender a sua maneira de ser (...). Mas a expressão ‘alma do povo’, ‘espírito do povo’, é uma expressão associada com o nacionalismo de direita. Quer dizer, é a expressão Volk Geist em alemão, muito usada pelo nazismo, que quer dizer precisamente isto — espírito do povo. Eu não pensei nunca num negócio nacionalista. Eu fiz uma coisa sobre minha comunidade”.