31 de dezembro de 1970

“Um verdadeiro romancista”

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1968-09-21 [data real]
AMADO, Jorge, “Um verdadeiro romancista”, Suplemento do Livro, Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 21 set. 1968.

JA: “Caçula de uma geração que nos deu a figura excepcional de Glauber Rocha, o moço romancista [João Ubaldo] é uma alegria”.

17 de julho de 1970

“A tradicional hospitalidade baiana”

1970-07-17
RIBEIRO, João Ubaldo, “A tradicional hospitalidade baiana”, Coluna Satyricon, Jornal da Bahia, Salvador, 17 jul. 1970.

JUR: “Primeiro nós vamos pegar uma praia, aqui tem bastante. (...) Bem, depois da praia, a gente dá um pulinho na casa do Jorge. Que Jorge? Jorge Amado, naturalmente. Sou ami-cís-si-mo dele. O Jorge é ótimo, sabe? Bom, pensando bem, talvez a gente não possa ir lá hoje, porque agora é que eu estou lembrando que ele me disse que ia à casa do Caribé, conversar uns assuntos. É, talvez a gente possa ir à casa do Caribé, neste caso. Ami-cís-si-mo meu, também”.

8 de julho de 1970

“Como ser um intelectual (I)”

1970-07-08
RIBEIRO, João Ubaldo, “Como ser um intelectual (I)”, Coluna Satyricon, Jornal da Bahia, 8 jul. 1970.

JUR: “Para ser um intelectual, é necessário que você possua algum talento. Não cultura ou inteligência porque estas, às vezes, atrapalham bastante (...). As alegrias da vida intelectual são esquivas e fugidias, só compensando para aqueles que a elas dedicam todos os seus momentos, na inefável busca de maiores alturas para o espírito. (...)

"2. O intelectual tem crises de angústia — As crises de angústia são absolutamente indispensáveis para a manutenção de uma imagem adequada. Não é difícil angustiar-se, embora os detalhes fiquem a cargo da imaginação e do senso artístico de cada um. Alguns gritam repentinamente, outros permanecem silenciosos durante horas a fio. (...)

"4. Os intelectuais acham engraçadas coisas que ninguém acha engraçadas, nem mesmo os outros intelectuais — Há diversas oportunidades para que o intelectual se manifeste com gargalhadas (...). Entre estas, se encontram filmes dramáticos americanos, concertos de música clássica, conferências sobre fissão nuclear, tragédias de Sófocles ou filmes dinamarqueses sem legendas. A risada, preferivelmente, será dada com uma leve curvatura de cabeça para trás e pode, na maior parte dos casos, ser seguida de um pequeno comentário, tal como ‘absolutamente fantástico’, ou ‘que loucura’”.