1 de abril de 2008

"Os dois faróis altos"

Bem sei que este blogue está paradinho de dar dó. Bem sei. O culpado sou eu, que agora me meti a escrever um novo livro e obcequei. Sempre que me sento, sento para ver se não me esqueço da história que me deu na veneta escrever. Sempre que me sento, sento tenso, preocupado em acender os dois faróis altos que tenho na cabeça; faróis altos que talvez permitam que eu enxergue praí uns bons metros à frente do que estou escrevendo. Se não enxergar, fico escrevendo às cegas. Escrever às cegas tem lá a sua graça e às vezes é produtivo que nem lhe digo, mas o sujeito tem de ter coragem e sangue frio para saber que aquelas 50 ou 100 páginas talvez não dêem em nada. E haja tranqüilidade para escrever 50 ou 100 páginas e depois dizer: “Isto não funcionou. Vou jogar fora...”. Com tanta coisa no mundo para se ler e para se ouvir e para se assistir, e para se escrever, como é possível não ficar ansioso? Como?

2 comentários:

  1. Serve dizer que eu muito sei o que você está passando?

    Apesar do primeiro de abril, não é mentira. ;-)

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  2. Oi Juva! Pareceu-me que te acompanhei no sumiço. O teu, pelo que diz, tem sido por uma boa causa.
    Gostaria muito que suas páginas, tivessem o número que fossem,não fossem rasgadas e que, sejam às cegas e aos faróis à frente, pois tudo vale quando se sabe do ofício, como é o seu caso. Apesar do vão no tempo, gostei de encontrar o rabo do cãozinho abanando! um abraço forte a você e ao harém!

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