Assistindo (em aconchegado contexto...) ao documentário Autografia, filme de Miguel Gonçalves Mendes sobre o Mário Cesariny, diverti-me, lá pelas tantas, com o Cesariny a inventar palavras e, por sua vez, a se divertir bastante com isso. E lembrei-me deste poema do português Jorge de Sena (1919-1978).
"Dentífona apriuna a veste iguana
de que se escalca auroma e tentavela.
Como superta e buritânea amela
se palquitonará transcendia inana!
Que vúlcios defuratos, que inumana
sussúrica donstália penicela
às trícotas relesta demiquela,
fissivirão boíneos, ó primana!
Dentívolos palpículos, baissai!
Lingâmicos dolins, refucarai!
Por manivornas contumai a veste!
E, quando prolifarem as sangrárias,
lambidonai tutílicos anárias,
tão placitantos como o pedipeste."
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