"Retrato do artista quando coisa: borboletas
Já trocam as árvores por mim.
Insetos me desempenham.
Já posso amar as moscas como a mim mesmo.
Os silêncios me praticam.
De tarde um dom de latas velhas se atraca em meu olho
Mas eu tenho predomínio por lírios.
Plantas desejam a minha boca para crescer por de cima.
Sou livre para o desfrute das aves.
Dou meiguice aos urubus.
Sapos desejam ser-me.
Quero cristianizar as águas.
Já enxergo o cheiro do sol."
Manoel de Barros, Retrato do artista quando coisa, Rio de Janeiro, São Paulo, Record, 1998, p. 11.
"That impulse, too, may have been the impulse which leads a child to pick up one pebble on a path strewn with them, promising it a life of warmth and security upon the nursery mantelpiece, delighting in the sense of power and benighnity which such an action confers, and believing that the heart of the stone leaps with joy when it sees itself chosen from a million like it, to enjoy the bliss instead of a life of cold and wet upon the high road."
ResponderExcluirSolid Objects, Virginia Woolf, em A Hounted House and other short stories (c1944)
Sim, tinha uma pedra no meio do caminho, no meio do caminho tinha uma pedra, e a criança pega a pedra e a coloca no bolso. E segue.
ResponderExcluirTemos muito o que aprender com elas (com as crianças).
E, se calhar, também com as pedras...
; )
..."It might so easily have been any other of the millions of stones, but it was I, I, I!"
ResponderExcluirSolid Objects, Virginia Woolf, em A Hounted House and other short stories (c1944)